Preparando atores segundo a filosofia e a prática de Antunes Filho
oficinas de atuação
Desde 2009


O ator não força o músculo, ele amplia o movimento muscular!
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Para além da técnica, existe um estado de presença, uma investigação abrangente sobre a condição humana em cena. Convidamos você a uma imersão na filosofia e prática de Antunes Filho, um dos fundadores do teatro brasileiro moderno, guiada pela experiência singular de Lê Paixão. Este trabalho é um mergulho na disciplina e na sensibilidade que forjaram o método Antunes, buscando não respostas fáceis, mas as perguntas essenciais sobre a arte do ator. Uma oportunidade rara de acesso a um legado transmitido por quem o vivenciou intensamente no CPT/Grupo Macunaíma. Para artistas que buscam fundamentos, verticalidade e ressonância em sua expressão.
Territórios de Investigação
Nossa investigação se desdobra em territórios práticos e reflexivos, inspirados na dinâmica do CPT
O CORPO COMO MASSINHA
Uma exploração física rigorosa visando a consciência do próprio corpo, uma respiração orgânica, a expansão do léxico gestual e uma síntese entre equilíbrio e desequilíbrio.
DIÁLOGOS FUNDAMENTAIS
Uma incursão nas bases filosóficas (Bergson, Deleuze, Nietzsche, pensamento oriental) que informavam a práxis de Antunes, buscando a articulação entre pensamento e ação cênica.
A CONSTRUÇÃO DA CENA
Aplicação dos princípios corporais e filosóficos na elaboração da partitura cênica (Prêt-à-Porter), focando na "transcendência imanente", na precisão gestual, na escuta e autonomia criativa do "ator metafísico".
PERCEPÇÃO E RELAÇÃO
Exercícios voltados à acuidade perceptiva e à dinâmica da interação em cena, investigando presença e sintonia com o outro. O trabalho visa a integração desses territórios na busca por uma organicidade e verdade cênicas.



A Quem se Destinam Estas Pesquisas
Estes estudos são destinados a artistas e pesquisadores engajados na exploração dos territórios cênicos
ATORES E ATRIZES
Que buscam verticalizar sua atuação, questionar suas ferramentas e investigar novas dimensões de expressão e presença em cena: Um corpo alerta, ionizado, permeável.
ESTUDANTES DE ARTES CÊNICAS
Interessados em experienciar um método brasileiro fundamental em sua complexidade prática e teórica.
DIRETORES, ENCENADORES E PROFESSORES
Que desejam ampliar sua compreensão sobre a arquitetura da atuação e o trabalho com o ator.
CRIADORES DE OUTROS CAMPOS
(Dança, Performance, Artes Visuais, Música) Que veem no desenvolvimento do processo teatral e na investigação psíquico-corporal um caminho para expandir suas próprias linguagens.
PENSADORES E PESQUISADORES
(Filosofia, Psicologia, Humanidades) Atraídos pela oportunidade de observar e vivenciar um laboratório singular sobre a condição humana e a representação. É um espaço para quem se dedica à pesquisa artística com seriedade e abertura.
Cursos, minicursos e oficinas
EM SÃO PAULO, JANEIRO DE 2026
Jung e o Ator
(Bioluminescências Antunianas)

Antunes Filho e elenco
A compreensão dos arquétipos junguianos da Persona, da Sombra, da Anima e do Animus constitui uma ferramenta analítica essencial para o ator, auxiliando tanto na sua jornada de autoconhecimento (individuação), quanto na exploração da psique dos personagens.
Este minicurso é uma breve introdução ao método Antunes Filho e compreende teoria da atuação, exercícios de corpo e montagem e análise de cenas.
— Presencial na cidade de São Paulo
— Com Lê Paixão
— 4 encontros de 3 horas
— Dias 5, 8, 12 e 15 de jan de 2026
— Seg e qui,, das 15h às 18h
— Vagas limitadas
— No Butantã
Bioluminescências Antunianas é uma série de 32 minicursos independentes uns dos outros, que podem ser cursados separadamente e em qualquer ordem, percorrendo todos os conceitos filosóficos e práticas fundamentais do método Antunes Filho, que revolucionou o teatro brasileiro
NO RECIFE, MARÇO A JUNHO DE 2026
A Arquitetura do Ator: Introdução ao Método Antunes Filho

Vanessa Bruno e Lê Paixão
em "A Pedra do Reino"
Este curso combina aulas teóricas e exercícios práticos, explorando os princípios filosóficos, as técnicas de preparação corporal e o processo de criação de cenas teatrais desenvolvidos por Antunes Filho. A abordagem se baseia na experiência de Lê Paixão junto ao mestre.
Você passará a entender como fundamentam o trabalho do ator, segundo o método de atuação de Antunes Filho, as reflexões de quatro dos autores de leitura obrigatória no CPT: Eugen Herrigel (A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen), Georges Politzer (sobre a dialética), Denis Diderot (Paradoxo sobre o Comediante) e Friedrich Nietzsche (com os conceitos de vontade de poder, amor fati e eterno retorno).
Além disso, serão praticados exercícios básicos de corpo, criados para a formação do ator brasileiro, e de construção de cenas (o "Prêt-à-Porter"), com análise e depuração da performance dos atores.
— Presencial na cidade do Recife
— Com Lê Paixão
— Total de 48h
— Sábados, das 14 às 17h
— De 8 de março a 28 de junho de 2026

O curso do Lê Paixão me despertou um olhar sobre a atuação que não poderia ter imaginado antes. É brilhante a maneira como articula filosofia, teoria da atuação e exercícios corporais. O que mais me chamou a atenção é a maneira como tudo isso converge para a criação, para pensar e exercer a atuação.
Heliakim Trevisan

O encontro com a arte é sempre poderoso e o Lê, o método do Antunes são grandes fontes de inspiração para fazer jorrar ainda mais essa água que existe em cada ser humano. É a primeira vez que faço um curso livre que sinto realmente se aprofundar no ator e no poder da atuação. Se você estiver aberto, não sairá o mesmo depois desse curso.
Ana Maria Cruz

Durante o tempo em que estive no CPT, pude perceber no Leandro uma capacidade excepcional de criar rápida intimidade com os conteúdos de pesquisa lá propostos. Sua inteligência, sensibilidade e seriedade eram muito estimulantes tanto para os colegas quanto para o próprio Antunes, que frequentemente recorria ao "Paixão" quando, movido pela sua tão conhecida exigência artística buscava auxílio para, por exemplo, desvendar camadas cada vez mais profundas de textos filosóficos que permitissem a tomada de caminhos consistentes na cena.
Eduardo Eipeldauer

“De maneira nenhuma pode-se dizer que não haja nada num palco vazio, num palco que se pise de improviso. Pelo contrário, existe ali um mundo transbordante de coisas. Ou melhor, é como se do nada surgisse uma infinidade de coisas e de acontecimentos, sem que se saiba como e quando.”
Kazuo Ohno
Lê Paixão, O Ator em Formação Contínua: Palco e Vida

"Tudo o que o Paixão faz é mágico"
Antunes Filho
Ator com a marca da direção de Antunes Filho, Lê Paixão imprimiu sua singularidade em montagens memoráveis em sua trajetória no Grupo Macunaíma/CPT. Esta experiência privilegiada foi fundamental em sua formação como ator, formador e preparador de atores.
Antígona (2005)
Como ator "regra três" nesta significativa montagem de Sófocles, com adaptação e direção de Antunes Filho, Lê Paixão acompanhou ativamente o processo de preparação do elenco sob a condução do mestre. Presenciou o foco dedicado ao trabalho corporal dos atores e, em particular, à expressividade vocal da atriz Juliana Galdino, que interpretou Antígona. Sua participação permitiu testemunhar de perto a profundidade e a excelência do trabalho de Antunes Filho com os atores nesta peça que estreou no Teatro Anchieta (São Paulo/SP) e seguiu para apresentações na Europa.
A Pedra do Reino (2006)
Integrou o elenco desta adaptação e teatralização da obra de Ariano Suassuna, dirigida por Antunes Filho no Grupo Macunaíma/CPT Sesc, tendo também criado e desenvolvido, juntamente com Lee Taylor e Antunes Filho, algumas cenas marcantes da montagem. O espetáculo teve longa temporada no Teatro Anchieta e participou de importantes festivais de teatro do país, circulando por diversas capitais. Recebeu os Prêmios Bravo e APCA de Melhor Espetáculo. Indicação ao Prêmio Shell por Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Figurino. Suassuna assistiu ao espetáculo quatro vezes.
Senhora dos Afogados (2008)
No Grupo Macunaíma/CPT Sesc, sob a direção de Antunes Filho, Lê Paixão atuou nesta adaptação da obra de Nelson Rodrigues. A pedido de Antunes Filho, e utilizando recursos de mímica, Lê Paixão criou um repertório de gestos com as mãos para o Mestre de Cerimônias, um de seus personagens na montagem. O espetáculo marcou sua presença no Teatro Anchieta e em outros palcos.
A Falecida Vapt-Vupt (2009)
Espetáculo-experimento. Atuou nos ensaios e acompanhou toda a montagem desta adaptação da obra de Nelson Rodrigues, dirigida por Antunes Filho.
Policarpo Quaresma (2010)
Integrou o elenco nos ensaios desta adaptação do romance de Lima Barreto, sob a direção de Antunes Filho. Nesta montagem, Lê Paixão propôs a cena que Antunes adaptou e usou como prólogo da peça.
Também integrou a formação do CPT sob a tutoria de Antunes Filho. Nos encontros de sábado, ele e alguns outros atores eram destacados para apresentar e debater, com o diretor e o elenco, as ideias de pensadores como Nietzsche, Debord, Deleuze, Bergson e Bachelard. Essas imersões teóricas e filosóficas, somadas à prática cênica, ajudaram a consolidar o método de trabalho do grupo e influenciaram profundamente a trajetória artística de Lê Paixão, que se destaca por sua entrega e investigação da presença do ator na cena.



Bibliografia
Material histórico-pedagógico
Livro-base dos nossos cursos, 'Hierofania' é fruto de dez anos de pesquisa, documenta, descreve e discute o método criado por Antunes, as referências estéticas, os meios desenvolvidos, os exercícios, a bibliografia, a prática e a ideologia, bem como reflete sobre os espetáculos resultantes deste trabalho.


